terça-feira, 7 de novembro de 2017

VINTE ANOS DE TROPAS ESTELARES NOS CINEMAS


07/11/2017 - VINTE ANOS DE TROPAS ESTELARES NO CINEMA:
Saudações web-leitores, aqui quem vos escreve novamente é Saito;
INSENTOS GIGANTES DO MAL vs MARINES FASCISTAS, IN SPAAACE!
Hoje, se completa vinte anos do épico Sci-fi War do diretor Paul Verhoeven sobre o clássico de Robert A. Heinlein, TROPAS ESTELARES.
Violência, manipulação da mídia, guerras estelares e o que significa ser um cidadão, hoje, no nosso programa especial. Você quer saber mais?

*Adaptado ou Inspirado?
Primeiro, um pouco de contexto.
Robert Anson Heinlein (07/07/1907 – 08/05/1988) é lembrado como um best-seller e bastião da Ficção Cientifica de Guerra, e como estadunidense branco nascido no país divido do início do século 20, também é lembrado como figura polemica. Com 32 romances e mais de 50 short-stories publicadas, sendo a mais famosa delas, publicada em dezembro de 1959, Starship Troopers.
A história é narrada em 1° pessoa por Juan “Johnny” Rico, e conta sua carreira militar na Mobile Infantry, a serviço do Governo Mundial durante a guerra interestelar contra os aliens conhecidos como Aracnídeos. A narrativa foca em detalhar bastante o mundo militarista e nos aspectos técnicos da história. Passamos praticamente metade do livro no brutal treinamento dos cadetes em como lutar, e principalmente, usar seus Powered Suits.

Capa da 1° edição do livro

A versão cinematográfica da história, por sua vez, é muito diferente do livro.
Paul Verhoeven (18/07/1938 – ainda vivo), diretor e produtor holandês de filmes, conhecido pela sátira, violência e sexo de suas produções, como Robocop, Total Recall, Basic Instict, trouxe as telonas uma visão muito particular da história de Heinlein.
O filme começa com um conjunto de clipes de propaganda da Federal Network, de forma similar as propagandas que pontuam outro filme de Verhoeven, Robocop. Esses clipes de propaganda passam bem a noção do controle que a Federação tem sobre os meios de comunicação, e rapidamente satirizam o quão fascista é esse governo.
Tanto o livro como o filme têm sua introdução ao protagonista participando de uma operação militar, antes de voltarem no tempo para mostrar a como ele chegou aquele ponto. Também como no livro, a cidadania (direito de votar e/ou se candidatar a cargos políticos, além de outros privilégios), só é garantida aqueles que cumprem um período de serviço militar a Federação.


Mas as maiores diferenças entre filme e livro estão no tom de cada um e na falta dos Powered Suits na versão cinematográfica, que segundo Verhoeven, foram deixados de fora para as cenas de batalha serem mais viscerais, reforçando a ideia de que os soldados são apenas ferramentas descartáveis na visão da Federação. O que por sua vez reforçou uma teoria antiga quanto a história, de que Buenos Aires fora destruída pela própria Federação, afim de ter um porquê de iniciar a guerra (afinal, um meteoro vindo o outro lado da galáxia ia demorar bilhões de anos para chegar na Terra).
O livro é uma grande influência/inspiração para toda a ficção cientifica. Os Space Marines de Warhammer 40K são “filhos” dos guerreiros da Federação, e os Aracnídeos são sem dúvida uma das inspirações por trás do Zergs de Starcraft, mas a “parodia” criada por Paul Verhoenven está longe de ser ruim só por não ser fiel, e na minha humilde opinião, o filme é um dos clássicos do diretor, talvez até da ficção cientifica nos cinemas (só não vejam as continuações, elas são muito ruins, pqp...).

E pra quem quer saber um pouco mais sobre curiosidades do filme e de sua produção, segue o vídeo abaixo:

Vocês querem saber mais? Então não se esqueçam de nos visitar em nossas paginas:

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