sábado, 7 de outubro de 2017

CRÍTICA BLADE RUNNER 2049

Saudações, web-leitores, aqui quem vos escreve é o Saito;
Preste atenção. Você vê uma tartaruga de barriga pra cima no alto de um poste. Você não sabe como ela chegou lá, mas se não fizer nada ela vai morrer. Isso te lembra qual ex-presidente do Brasil?
Ok, foco no filme novo, e embora eu queira muito falar de cada detalhe, não vou fazê-lo pra não dar spoiler.
A filmografia do longa é um deleite aos olhos, mas não por ser bela. O mundo deprimente de ruas escuras, sujas e chuvosas contrastadas com os letreiros gigantes de neon (cujo 1° que vemos é justamente da Sony, safados), foi expandido. Desertos marcados por um amarelo pálido, áreas “rurais” divididas entre o marrom da terra e o cinza pálido do céu e cenas internas sempre com o forte contraste de luz e escuridão dos filmes noir, criam uma distinção clara entre as localidades do filme. O estilo também evoca um clima muito fiel ao filme de 1982, porém que está ainda mais decadente. Mais um grande trabalho de Dennis Villeneuve.
Mais uma coisa que fortalece a experiência, é a trilha sonora. Os fãs de Vangelis, temos o retorno de alguns de suas músicas em certos momentos do filme. Porém os novos temas criados por Hans Zimmer e Benjamin Wallfisch não deixam a desejar, e pontuam o filme com a oposição entre temas ensurdecedores e silêncios profundos, uma forma de contar mais um aspecto da história só pela trilha sonora.
Como não quero falar do plot do filme para não dar spoiler a ninguém, só me resta escrever sobre as atuações, e eu deixei o melhor para o final. A atuação de Ryan Gosling é impecável, perfeitamente coerente com a personagem que ele interpreta e com as situações que essa personagem vive. Jared Leto, faz uma participação rápida, mas seu estilo excêntrico funciona para o papel. Ana de Armas e Sylvia Hoeks, que interpretam JOI e Luv respectivamente, também dão um show de “humanidade” em seus papeis (a piada vai fazer sentido quando vocês verem o filme).
Já quanto a participação de Harrison Ford, felizmente, o filme não tenta se sustentar em seu retorno, mas ainda sim, é bom rever a cara enrugada do agente Deckard. Também me surpreendi pelas rápidas, porém memoráveis aparições de Edward James Olmos e Sean Young, uma boa pitada de fan-service para enriquecer o filme.
Caso você seja fã de Blade Runner de 1982, não vejo motivos para você não adorar a continuação. Vejam e nos digam o que acharam, e não se esqueçam de nos visitar em nossas paginas:

Um comentário:

  1. Para mim, os filmes são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco deste filme imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Harrison Ford, é muito comprometido. Blade Runner 2049 é um filme que vale la pena ver, os recomendo muito.

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