terça-feira, 25 de abril de 2017

13 REASONS WHY


Após diversas resenhas, indicações, trailers e polêmicas me rendi à uma maratona de 13 Reasons Why. Feriado, dia frio e Netflix disponível. Comecei sem me apegar, achando uma série muito enrolada, com algumas falhas, a princípio achei até fraca. É lógico que um enredo do qual já sabemos o final não nos fixa em busca de surpresas. A série tenta "prender" a medida que vamos descobrindo os motivos dos quais levaram a personagem tomar a decisão. Pode parecer uma série feita para adolescentes, com dramas, que à princípio, podem parecer bobos, mas na essência, para quem sofreu bullying ou para quem pratica é uma trama interessante. A série demora(muito) até "pegar no tranco". E quando pega, deixa alguns ganchos (para uma possível segunda temporada?) Assim que terminei de assistir, o bichinho da curiosidade me fez ir atrás do livro. Será que ele esclareceria alguns pontos da história? Diferentemente da série, o livro me prendeu do primeiro ao último capítulo. Fazendo com que "devorasse" a história em apenas um dia, isso mesmo, um dia!


No livro, Clay recebe as fitas e as escuta em apenas uma noite, o que deixa a história mais dinâmica, sem firulas. Agora, vamos falar de Hannah Baker. O livro é objetivo e direto em narrar a história. Me deixou muito mais próxima à personagem. Em algumas situações, consegui me colocar em seu lugar para entender um pouco seus sentimentos. Já na série, nos primeiros episódios, tinha a impressão de uma personagem superficial, fria! Não sei se ajudou, mas enquanto lia,no Spotify tocava a trilha da série (muito boa por sinal) o que me causou uma imersão na história e personagens. Que não são muitos, o destaque da história fica mesmo em Hannah e Clay. O que me incomodou um pouco na série foi a história que se estendeu ao "tentar justificar" a personalidade de alguns personagens, como o Justin, que era negligenciado pela mãe e Tyler, que também sofria bullying. Fiquei com uma impressão de que esses problemas pessoais dos personagens "justificavam" as atitudes contra Hannah. Na minha opinião, nada justifica atitudes que causem dor e sofrimento ao próximo. Nunca sabemos o impacto de nossas palavras e atitudes nas pessoas (acho que isso é até dito na série, rsrs). Talvez o enredo caberia tranquilamente em um filme, simples e objetivo. Mas vou falar bem da série também. A cena do suicídio. No livro não temos o mesmo impacto, lá Hannah comete o ato por overdose de remédios. Já na série, a cena foi muito bem feita, sem ser romantizada (como estamos acostumados a ver em alguns filmes, Romeu e Julieta, blablabla), sem trilha sonora ou palavras de despedida. Chega a ser difícil de assistir. É forte! Também gostei mais da conclusão da história da Hannah na série. Fica claro que nesses casos, tudo o que ela precisava era uma ajuda, não que no livro isso não seja implícito, mas o discurso de Clay para o Sr. Porter foi um dos pontos fortes da série. Confesso que comecei a gostar mais da série depois que li o livro. Se você viu a série e gostou, mas não adorou, procure ler o livro. É uma boa experiência.
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